terça-feira, 18 de setembro de 2007

O PERÍODO ENTREGUERRAS: MOVIMENTOS TOTALITÁRIOS

O totalitarismo como uma forma de domínio político sistemático e permanente começou a se manifestar em alguns países da Europa ocidental e oriental entre o final da década de 1920 e o início de 1930. Diferente dos outros tipos de governos autoritários e ditatoriais, o totalitarismo é uma forma de domínio político historicamente nova. Ele não pretende apenas desestabilizar a capacidade política dos homens e da sociedade, isolando-a da vida pública, como sempre fizeram os go­vernos autoritários de várias características e vertentes ao longo da história. Seus objetivos são mais profundos, graves e obscu­ros, pois além de interferir na vida pública, ele quer destruir os próprios grupos e insti­tuições que formam as relações privadas do homem, isolando-o e tornando-o um estra­nho para si mesmo e para o outro. Assim, penetra no cotidiano das pessoas e da socie­dade e, sobretudo, na natureza humana para transformá-la, através da trágica combina­ção entre perseguição ideológica e terror, estabelecendo o medo e a submissão.

O totalitarismo explica e determina a história baseado na convicção de que detém a verdade absoluta e a certeza total. Desta forma, suas análises não dependem de comprovação e verifica­ção, pois a verdade e as leis da evolu­ção histórica dão "legitimidade" às suas ações e explicações. Pode, portan­to, criar um mundo fictício e coerente, justamente baseado nas normas que ele mesmo criou. Tais princípios são im­postos de forma sistemática e incansável por recursos "modernos" de propaganda utili­zados para o convencimento das massas. To­davia, o verdadeiro objetivo da propaganda autoritária não é a simples persuasão, mas a organização viva da massa que mantém vivo e sustenta o regime. Quando a propaganda não resolve, os instrumentos de terror e per­seguição entram em ação para convencer e resguardar os ideais da "nova sociedade e do novo homem" e, em última instância, do regime. Nesses casos, a polícia secreta tem papel fundamental e determinante. Por isso, como afirma a filósofa alemã Hannah Arendt, "nos países totalitários, a propagan­da e o terror parecem ser duas faces da mes­ma moeda".

Em regimes totalitários, o poder deve estar obrigatoriamente concentrado e ser monopolizado por uma pessoa ou um par­tido único. Geralmente coexiste uma dupla autoridade, que ultrapassa a simples visão de uma estrutura monolítica: a do Partido e a do Estado. Além da confusão que se esta­belece entre as duas instituições (por exem­plo, o PCUS e o Partido Nacional Socialista Alemão são identificados, respectivamente, com o Estado soviético e o Estado nazista), outros problemas emergem dessa relação.

Em muitas ocasiões existe até uma duplici­dade de funções (por exemplo, o secretário-geral ou presidente do partido é o chefe do Estado), chegando a casos extre­mos, como a criação de órgãos no interior do Partido Nazista com funções adminis­trativas semelhantes às do Estado. Em. consequência, muitas vezes o partido se sobrepõe ao Estado, questionando sua au­toridade.

Além da duplicidade, o poder no Esta­do totalitário é fortemente personalizado (Hitler, Mussolini e Stalin, por exemplo). É na figura do ditador que o totalitarismo se realiza plenamente. Ele é o chefe do Es­tado, do Partido e da polícia secreta; é de­tentor da verdade histórica e conhece as normas e princípios que a sociedade deve aceitar; conhece e reconhece os inimigos, reais e fictícios, do Estado e da "nova socie­dade". Ele é, portanto, o centro de todo o poder.

Finalmente, uma característica típica dos Estados totalitários nesta fase do início do século é seu nítido expansionismo. O que está em jogo é o domínio total mundial, seja em favor do surgimento de uma nova raça ou na instauração de uma nova sociedade. Portanto, a chegada ao poder significa tam­bém ir para além das fronteiras nacionais, conquistar "aliados" e nações.

Após a década de 1940, o conceito de totalitarismo foi revisto e alargado, justa­mente para tentar compreender suas nuances e especificidades históricas. Alguns autores perceberam que nas diversas experiências históricas o terror, o partido, o Estado, o líder, etc., assumem papéis e pe­sos diferenciados. Perceberam que, apesar dos pontos de confluência, o totalitarismo no fascismo italiano era diferente do exis­tente na URSS de Stalin. Também a pers­pectiva internacionalista do nazismo era profundamente diversa do stalinismo. De qualquer modo, o conceito de totalitarismo tornou-se fundamental para compreender­mos a história política do século XX, pois os regimes totalitários foram uma experiên­cia histórica relevante e que deixou uma marca pesada e trágica nas experiências hu­manas contemporâneas.

Trataremos a seguir de duas experiên­cias históricas totalitárias bastante impor­tantes neste século: o fascismo italiano e o nazismo alemão.

A ITÁLIA

Os problemas deixados pela guerra na Itália foram enormes: milhares de mortos, devastação de algumas regiões, paralisação da produção industrial e agrícola, inflação e desvalorização da lira.

O quadro econômico e social estava bas­tante crítico no pós-guerra. As indústrias do Norte, por exemplo, recuperaram-se timi­damente, graças a empréstimos estrangeiros que aumentaram a dívida externa. No cam­po político internacional, o Tratado de Versalhes não havia beneficiado a Itália, e isso reforçava as posições nacionalistas (la­tentes desde o século XIX).

A crise aumentava, criando um clima de tensão no meio rural e urbano. No campo explodiram inúmeras revoltas de campone­ses. Nas cidades a classe operária organiza­va greves, às vezes acompanhadas de violências e saques.

As insatisfações implicaram, na década de 1920, o crescimento eleitoral dos parti­dos de esquerda — o Socialista, o Comu­nista e o Popular (de orientação católica) — e do número de sindicalizados na CGT (Central Geral dos Trabalhadores).

O crescimento dos movimentos grevistas e da "esquerda" assustava a burguesia os setores mais conservadores da Itália. Como esses segmentos também não acre­ditavam na capacidade do governo para solucionar os problemas, começaram a apoiar um movimento nacionalista de ex­trema direita, disposto a usar até a vio­lência para acabar com as greves e revoltas: o fascismo.

Em 1919 surgiu um movimento deno­minado Fascio di Combatimento (feixes de combate) para combater o avanço da esquer­da e das revoltas, e seus simpatizantes fica­ram conhecidos como fascistas. Seu líder era um ex-militante do Partido Socialista, Benito Mussolini.

O movimento agregava todos os insa­tisfeitos com a crise econômica e social: mi-seráveis, classe média nacionalista e até a alta burguesia. Os setores mais conserva­dores da Itália viram nos fascistas a melhor alternativa para combater o avanço da es­querda, como havia ocorrido nas eleições de 1919. Por isso, eles prepararam-se para as eleições de 1921, que foram muito vio­lentas e permitiram a eleição de alguns de­putados fascistas, entre eles Mussolini. No fim de 1921 Mussolini criou o Partido Nacional Fascista (PNF).

O confronto entre os fascistas e os mo­vimentos populares evidenciava-se. Em agosto de 1922 a CGT e as esquerdas orga­nizaram uma greve geral contra a crise e a violência fascista, que proliferava pelas ruas com os bandos fascistas armados espancan­do e matando líderes políticos e sindicais.

Mussolini retrucou exigindo que o fraco governo mantivesse a ordem. Como decor­rência da fraqueza do governo, em outubro os fascistas, vestidos de camisas pretas, rea­lizaram uma marcha sobre Roma. O rei Vítor Emanuel II também não teve con­dições de conter os fascistas e chamou Mussolini para compor o novo governo.


Nesse primeiro governo Mussolini com­pôs uma maioria fascista, mas aceitou a par­ticipação de nacionalistas e liberais. No governo, o líder fascista forma um poder mi­litar paralelo, reforçando o papel dos "ca­misas negras" como uma espécie de milícia de elite. A violência contra as oposições es­tava, portanto, institucionalizada.

Em 1924 ocorreu mais uma violenta cam­panha eleitoral, com a vitória dos fascistas. As denúncias das oposições sobre fraudes não foram apuradas. Um deputado do Partido So­cialista (Giacomo Matteotti) foi assassinado pelos fascistas, iniciando uma crise política. Mussolini dirigiu-se à Câmara dos De­putados, em 1925, proferindo um discurso em que justificava o crime e as violências. Ao mesmo tempo baixou leis de exceção, fortalecendo seus poderes; além disso, dissolveu partidos de oposição e sindicatos, fechou jornais, exilou, pren­deu e matou oposicionistas (entre eles o famoso teórico e militante comunista António Gramsci), restringiu os pode­res do Legislativo e acabou com as li­berdades individuais.

O Estado fascista conseguiu se estabele­cer, como já vimos, graças à profunda crise política, econômica e social vivida pela Itá­lia. Sua característica inicial mais acentua­da era o autoritarismo, evidenciado nas inúmeras leis arbitrárias baixadas por Mussolini.

Durante seu governo, o autoritarismo ganhou dimensões mais amplas, chegando ao totalitarismo: a Câmara dos Deputados perdeu sua função, tanto que em 1938 ele a substituiu pela Câmara dos Fascios e Corporações; as liberdades de imprensa e in­dividuais foram suspensas; foi criada uma polícia política (OVRA). Enfim, a socieda­de civil estava completamente oprimida e desarticulada, pois o Estado totalitário pro­curava controlar a vida individual e social de todos os italianos.

No plano econômico, o Duce (chefe) pro­curou desenvolver a produção industrial e agrícola, renegociar a dívida externa, valori­zar a lira, e ainda criou o Banco da Itália. O Estado assumiu o comando da economia, interferindo nas decisões de inves­timentos e nas relações trabalhistas.

Nesse último sentido, o Estado fascista teve características corporativistas. Ele ten­tou intermediar as relações entre capital e trabalho, permitindo a formação de corpora­ções de trabalhadores e empresários (o Es­tado seria o árbitro dos conflitos). A maior expressão desse corporativismo foi a Carta dellavoro (1927).

O Estado fascista teve ainda mais duas características importantes: o culto à perso­nalidade de Mussolini e o expansionismo. Em 1936, por exemplo, avançou sobre a Etiópia. Nessa mesma época aproximou-se da Alema­nha nazista, consolidando o pacto ítalo-alemão, e participou da Guerra Civil Espanhola.

Assim, a Itália fascista também se prepa­rava para um novo conflito militar na Eu­ropa.

A ALEMANHA

A Alemanha surgiu após a Primeira Guerra como a grande derrotada. Econo­micamente destruída, teve que se sujeitar às imposições dos vitoriosos, pagar pesadas indenizações e enfrentar problemas políti­cos e sociais internos.

Pouco antes do fim da guerra, os solda­dos que voltavam da frente de batalha se re­belaram contra o governo derrotado. As revoltas explodiram por todo o país, che­gando a Berlim e obrigando o rei Guilher­me II (Kaiser) a renunciar. A república foi proclamada logo em seguida, novembro de 1918, assumindo o governo provisório um social-democrata, Friedrich Erich.

Nesse período a Alemanha foi obrigada a assinar o Tratado de Versalhes (1919) e a crise econômica se agravou. Um grupo saí­do do Partido Social-Democrata fundou o Partido Comunista Alemão, que pregava a revolução socialista como a única alternati­va para sair da crise. Liderados por Rosa de Luxemburgo, eles tentaram, em 1919, to­mar o poder para implantar um Estado so­cialista (Revolução Espartaquista).

Apesar dos problemas sociais e políticos, o governo provisório havia convocado uma Assembleia Nacional Constituinte, em Weimar. A Constituição liberal, federalista e parlamentar foi aprovada e Friedrich Ebert, eleito presidente da República pela Assembléia; estava instaurada a República de Weimar.

O governo social-democrata não conse­guiu resolver os problemas econômicos e sociais mais urgentes do país. A miséria dos operários e da classe média se acentuava, a burguesia industrial não conseguia retomar seus investimentos e a produção agrícola continuava parada. Por isso, as oposições ao governo cresciam à direita e à esquerda: o operariado organizado pelos comunistas e socialistas tomava as ruas e fazia greves; os setores mais conservadores se organizavam temendo o crescimento das esquerdas. Mui­tas vezes esses grupos chegaram a se con­frontar nas ruas.

Durante os anos 20 a Alemanha apro­fundaria sua crise econômica e o clima po­lítico se radicalizaria ainda mais.

Em 1923 a França invadiu o vale do Ruhr como forma de penalizar a Alemanha, que não estava conseguindo pagar as reparações de guerra. A invasão criou uma grande insa­tisfação na Alemanha e causou sérios pro­blemas econômicos, pois tratava-se de uma região industrial. A inflação atingiu índices alarmantes, desvalorizando profundamente a moeda alemã, a tal ponto que l dólar era trocado por 8 bilhões de marcos. A alta inflacionária foi seguida de desemprego, fome e miséria.

Aproveitando o quadro de extrema ins­tabilidade política e econômica, em novem­bro de 1923, um grupo de extrema direita liderado pelo general Lüdendorff e por Adolf Hitler tentou um golpe em Munique, que foi imediatamente reprimido. Nesse perío­do Hitler era apenas um líder em ascensão do Partido Nacional Socialista Operário Alemão, cuja origem estava no Partido dos Trabalhadores Alemães, criado em 1919.

Por causa do golpe, Hitler foi punido com cinco anos de prisão, mas só cumpriu alguns meses. Na prisão ele escreveu Mein Kampf (Minha luta), expondo as ideias que se tornariam, mais tarde, referência teórica dos nazistas.

A partir de 1924 a situação da Alema­nha sofreu algumas alterações que aponta­vam em um sentido positivo. A economia começou a se recuperar, principalmente em virtude dos empréstimos norte-americanos e ingleses. A indústria retomou o crescimen­to e a oferta de empregos se estabilizou.

No plano político, a social-democracia conseguia se manter no poder e as rebeliões e greves diminuíam. Nas eleições de 1928 os partidos Social-Democrata e Comunista alcançaram 42% dos votos, e Hermann Müller assumiu o governo com um gabine­te de esquerda.

Todavia, esse quadro não permaneceria por muito tempo, pois a crise econômica mundial (Crise de 29) refletiu-se de manei­ra trágica na Alemanha. A economia voltou à estagnação, o desemprego retornou, a in­flação subiu novamente, a produção agríco­la decaiu e as greves voltaram. Como consequência, o governo social-democrata caiu em 1930 e assumiu Bruning, um polí­tico conservador e monarquista que levaria a República de Weimar ao fim.

Na esteira da crise mundial e interna, o nazismo se reforçava eleitoralmente e de maneira contraditória entre as parcelas mais ricas e as mais miseráveis.

Nas eleições de 1932 a vitória foi de Hindenburg, mas Hitler ganhou em Esta­dos importantes, conseguindo grande nú­mero de deputados. Por isso, Hindenburg convidou Hitler para o cargo de primeiro-ministro, dando-lhe a responsabilidade de compor o novo governo.

Em janeiro de 1933 ele forma um novo governo com maioria de direita. Hitler ten­tou de todas as maneiras centralizar o poder em suas mãos. No mês de fevereiro ocorreu um incêndio no Parlamento (Reichstag), atri­buído propositalmente aos comunistas. Esse era o pretexto para o governo desencadear violenta repressão contra a esquerda e os mo­vimentos populares. Medidas de emergência fecharam os partidos de esquerda; as liberda­des de imprensa e individual foram suspensas.

Novas eleições ocorreram em março de 1933, em um clima de tensão, repressão e falta de liberdade. A vitória, obviamente, foi dos nazistas: 17 milhões de votos, con­tra 7 milhões da social-democracia e quase 5 milhões dos comunistas.

Com a morte de Hindenburg, Hitler as­sume também a Presidência, concentrando todos os poderes da Alemanha.

Com o poder nas mãos, iniciou a for­mação do III Reich: o Parlamento e os par­tidos foram fechados; foi criada a Gestapo (polícia secreta); a economia foi controlada pelo Estado, que implantou também o tra­balho obrigatório em algumas regiões e setores produtivos.

Em 1935 foi aprovada a lei racial deter­minando que os judeus eram considerados "raça inferior"; por isso foram perseguidos e expurgados dos empregos públicos, em meio a um grande movimento anti-semita. O Ministério da Propaganda teve papel im­portante nessa doutrinação.

No Estado nazista, o Ministério da Educação do Povo e da Propaganda, co­mandado por Joseph Goebbels, foi res­ponsável pela formação, doutrinação e consolidação da ideologia. As formulações teóricas de Goebbels e sua capacidade de manipular os movimentos de massa foram determinantes para o sucesso da propagan­da nazista (formulações utilizadas mais tarde no desenvolvimento da propaganda comercial).

Os meios de comunicação eram contro­lados pelo Estado e passavam uma imagem forte, positiva e realizadora de Hitler e do na­zismo. Além disso, a propaganda oficial centrava suas atenções em outras questões; no racismo, proclamando a superioridade da raça ariana sobre as outras e perseguindo os judeus; no anticomunismo radical; no nacio­nalismo alemão; na formação nazista da ju­ventude; na melhoria de vida dos trabalha­dores, etc.

O Führer (chefe, guia) comandava tudo através de um Estado onipresente, das SS e da Gestapo, seus braços armados. Assim, Hitler reforçava sua imagem e obtinha o apoio das massas e da grande burguesia na­cional, que financiava suas iniciativas.

Com a consolidação do Estado nazista, Hitler iniciou uma política expansionista na Europa. Antes, porém, ele reforçou a indús­tria bélica, instituiu o serviço militar obri­gatório e fez uma pesada doutrinação nacionalista.

Inicialmente anexou a Áustria, em 1938; em 1939 invadiu a Tchecoslováquia, assi­nou um pacto com a Itália fascista e o pacto de não-agressão com a URSS; além disso, reivindicou nesse mesmo ano territórios da Polônia, que acabaria sendo invadida. Sua política externa agressiva terminou levando a Europa à Segunda Grande Guerra. Em 1939 as tropas nazistas realizaram uma es­pécie de preparação para a Grande Guerra, interferindo militarmente na Guerra Civil Espanhola.

A GUERRA CIVIL ESPANHOLA

Em 1931 a monarquia espanhola foi derrubada e proclamada a república. O go­verno transitório, liderado por Alcalá Zamora, realizou uma série de reformas: com uma Constituição de caráter liberal, se­parou a Igreja do Estado, assegurou a liber­dade religiosa, fez uma reforma agrária.

Apesar do novo governo republicano e das reformas, os conflitos na Espanha con­tinuaram: explodiram greves gerais e os mo­vimentos separatistas (bascos e catalão) fortaleceram-se. A esquerda se organizou em torno dos partidos socialista e comunista.

Nas eleições de 1936, republicanos, so­cialistas e comunistas uniram-se em torno da Frente Popular e chegaram à vitória. O governo, com maioria de esquerda, anistiou os presos políticos, retomou a reforma agrá­ria e tentou uma reforma educacional.

Alguns conflitos de rua continuaram, articulados principalmente pela direita. Num deles um líder direitista foi morto, dando motivo para uma guarnição do exér­cito, comandada pelo general Francisco Franco, rebelar-se. Estava começando a Guerra Civil Espanhola.

De um lado estava a Falange, liderada por Franco e apoiada pelos grandes latifun­diários e pela alta burguesia, que contava ainda com o apoio de Hitler e Mussolini. Do outro lado estavam as forças que defen­diam a democracia; para defendê-la o governo republicano organizou um exército popular, composto de camponeses, operá­rios e estudantes, que contou com a colabo­ração militar da URSS e das Brigadas Internacionais (voluntários de outros paí­ses que foram lutar na Espanha).

Nessa guerra, a Alemanha e a Itália de­ram muita ajuda à Falange e chegaram a tes­tar novos armamentos e táticas, realizando uma espécie de ensaio para a Segunda Guer­ra Mundial. Além disso, a Inglaterra e a França se mantiveram distantes da guerra civil, avaliando-a como um simples confli­to interno.

Franco e a Falange derrotaram os repu­blicanos em março de 1939, constituindo um governo fascista, conhecido como franquista, que duraria até o final da déca­da de 1970.


verno republicano organizou um exército popular, composto de camponeses, operá­rios e estudantes, que contou com a colabo­ração militar da URSS e das Brigadas Internacionais (voluntários de outros paí­ses que foram lutar na Espanha).

Nessa guerra, a Alemanha e a Itália de­ram muita ajuda à Falange e chegaram a tes­tar novos armamentos e táticas, realizando uma espécie de ensaio para a Segunda Guer­ra Mundial. Além disso, a Inglaterra e a França se mantiveram distantes da guerra civil, avaliando-a como um simples confli­to interno.

Franco e a Falange derrotaram os repu­blicanos em março de 1939, constituindo um governo fascista, conhecido como franquista, que duraria até o final da déca­da de 1970.


Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom! parabeens